quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Mamaço 2012 e Marcha pela Humanização do Parto acontecem este domingo no Recife


Neste domingo, dia 5 de agosto, o Instituto Nômades, em parceria com a Maternar e a mãe-ativista Patrícia Sampaio, e com o apoio do Ishtar - Espaço para Gestantes, promove dois eventos importantes  no Recife Antigo em defesa dos direitos sexuais e reprodutivos, da humanização do parto e do nascimento e da maternidade ativa: o Mamaço 2012 e a Marcha pela Humanização do Parto.

A partir das 13h, no mezanino da Livraria Cultura, acontecerá a segunda edição do Mamaço, que visa
abrir espaço para se discutir a valorização da amamentação, e, dessa forma, discutir também a inclusão de espaços destinados à amamentação em locais públicos e a liberdade de amamentar como, quando e onde a mãe e o bebê quiserem, sem resistências morais vindas da sociedade.

A data foi escolhida para fazer parte da programação local da Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) de 2012. O evento contará com uma roda de amamentação coletiva, uma roda de conversas puxada pela consultora em aleitamento materno Tatianne Frank, compartilhamento de experiências e dificuldades individuais, além de uma oficina de Sling e a prestação de consultoria individualizada para quem desejar com Tatianne Frank e Viviane Xavier.

Em seguida, a partir das 15h, no Marco Zero, acontecerá a Marcha Nacional pela Humanização do Parto - Recife, em protesto contra
as Resoluções 265 e 266/12 do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ) que vetam a participação de doulas, parteiras e obstetrizes em partos hospitalares e a participação de médicos em equipes de parto domiciliar planejado, e em defesa do direito de escolha da mulher e do parto humanizado. O Manifesto acontecerá em 32 municípios brasileiros, defendendo as seguintes bandeiras (todas respaldadas por evidências científicas e recomendações da Organização Mundial de Saúde, Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, Ministério da Saúde, entre outros):

- Que a Mulher tenha o direito de escolher como, com quem e onde parir;
- Pelo cumprimento da Lei 11.108 de abril de 2005. Que a mulher tenha preservado o direito ao acompanhante que ela desejar na sala de Parto;
- Que a mulher possa ter o direito de acompanhamento de uma Doula em seu trabalho de parto e parto;
- Que a mulher, sendo gestante de baixo risco, tenha o direito de optar por um parto domiciliar planejado e seguro, com equipe médica em retaguarda caso necessite ou deseje assistência hospitalar durante o Trabalho de Parto;
- Que a mulher tenha o direito de se movimentar livremente para encontrar as posições mais apropriadas e confortáveis durante seu trabalho de parto e parto;
- Que a mulher possa ter acesso a métodos naturais de alívio de dor durante o trabalho de parto, que consistem em: massagens, banho quente, compressa, etc;
- Contra a Violência Obstétrica e intervenções desnecessárias que consistem em: comentários agressivos, direcionamento de puxos, exames de toque, episiotomia, litotomia, etc;
- Pela fiscalização das altas taxas de cesáreas nas maternidades brasileiras e que as ações cabíveis sejam tomadas no sentido de reduzir essas taxas;
- Pela Humanização da Assistência aos Recém-Nascidos, contra as intervenções de rotina;
- Que a mulher que optar pelo parto domiciliar tenha direito ao acompanhamento pediátrico caso deseje ou seja necessário.

Paralelamente à Marcha, estamos ajudando a coletar assinaturas para um abaixo-assinado que será enviado ao Conselho Federal de Medicina (CFM), ao Ministério Público (MP), à Defensoria Pública (DP), dentre outros, solicitando posicionamento a respeito das resoluções: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=265266RJ.
 
Mais informações:
Dan Gayoso / Instituto Nômades - (81) 9973.8035
Patrícia Sampaio – (81) 8850.2044
Tatianne Frank / Maternar – (81) 9766.5123

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